segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Kerouac

[Sept. 2, 1945
133-01 Crossbay Blvd.
Ozone Park, L.I., N.Y.]

Let us hope that the whores of evil no
longer loiter on the doorsteps of your path
beckoning you into the brothel of despair,
and that hereinafter you may present them
with the most rigid manifestations of a firm
and manly will. Ad astra per aspera.

letter to William S. Burroughs -
Jack Kerouac


Este fim-de-semana estive na fnac e foi lá que encontrei uma preciosidade que acredito agora ser um dos melhores CD's que já comprei em toda a minha vida. Tive de escavar até dar com ele, mas valeu a pena, estava mesmo ao fundo, na prateleira mais baixa, esquecido. É um álbum, mas não se pode dizer que seja música, pelo menos não totalmente. Chama-se Kicks Joy Darkness e as faixas são poemas de um grande poeta da beat-generation (talvez o maior), Jack Kerouac.

É mais conhecido por ter escrito um dos melhores livros que já li, Pela Estrada Fora (On The Road), que conta a história de Sal Paradise, e como este viajou com as mais estranhas e divertidas personagens, pelas autoestradas da América. Mas desconhecia ainda esta sua faceta de poeta.

O que também me impressionou foi a quantidade de nomes que dão a voz para declamar os seus escritos, algumas vezes simplesmente falando, outras vezes acompanhados por música ambiente bem concebida. Aqui está a lista de intérpretes no disco, pela ordem das faixas:

Morphine
Lydia Lunch
Michael Stipe
Steven Tyler
Hunter S. Thompson
Maggie Estep & The Spitters
Richard Lewis
Lawrence Ferlinghetti & Helium
Jack Kerouac & Joe Strummer
Allen Ginsberg
Eddie Vedder, Campbell 2000 & Sadie 7
William Burroughs & Tomandandy
Juliana Hatfield
John Cale
Johnny Depp & Come
Robert Hunter
Lee Ranaldo & Dana Colley
Anna Domino
Rob Buck & Danny Chauvin As Hitchiker
Patti Smith with Thurston Moore & Lenny Kaye
Warren Zevon & Michael Wolf
Jim Carroll with Lee Ranaldo & Lenny Kaye
Matt Dillon with Joey Altruda & Joe Gonzalez
Inger Lorre & Jeff Buckley
Eric Andersen

Tenho a certeza de que alguns nomes soarão mais fortes que os outros, mas quase todas as faixas são excelentes e vê-se que foram gravadas com paixão e um sentido de homenagem por parte de todos os intervenientes. Este disco só veio reforçar a ideia que tenho da poesia, com a qual muito gente pode discordar, mas que não posso mudar como quem muda uma lâmpada. Nunca apreciei tanto a poesia escrita como aprecio ouvi-la. A força e entoação das palavras sempre me agradou mais. Claro que posso ler poesia, mas sabe-me sempre a pouco...

Claro que nem sempre estes temas podem ser descritos como poemas. Alguns são excertos de cartas que Kerouac escreveu, ou um texto em forma de notícia de jornal, e uma ou duas peças originais sobre o autor, como é o caso da presença dos Morphine. Todos mostram a perspectiva visionária de Kerouac, e caracterizam uma América perdida, sem rumo, livre. Para mim foi como receber uma surpresa fantástica. Deixo aqui as letras de um dos temas:

The Moon

The moon her magic be, big sad face
Of infinity An illuminated clay ball
Manifesting many gentlemanly remarks

She kicks a star, clouds foregather
In Scimitar shape, to round her
Cradle out, upsidedown any old time

You can also let the moon fool you
With imaginary orange-balls
Of blazing imaginary light in fright

As eyeballs, hurt & foregathered,
Wink to the wince of the seeing
Of a little sprightly otay

Which projects spikes of light
Out the round smooth blue balloon
Ball full of mountains and moons

Deep as the ocean, high as the moon,
Low as the lowliest river lagoon
Fish in the Tar and pull in the Spar

Billy de Bud Hanshan Emperor
And all wall moongazers since
Daniel Machree, Yeats see

Gaze at the moon ocean marking
the face -

In some cases
This moon is you

In any case
The moon

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Young Pilgrims


Não quero parecer uma daquelas pessoas que viu o Garden State, descobriu os The Shins e agora anda todo contente porque está convencido que tropeçou numa das melhores bandas da actualidade, mas... bem... foi exactamente isso que aconteceu...

A curiosidade veio primeiro com uma música que ainda me causa arrepios, "Caring Is Creepy" (título genial, continuarei a dizer). Também há outra na banda sonora, New Slang, igualmente fantástica e que preenche aquele momento mágico em que a Natalie Portman dá a ouvir a banda ao Zach Braff, dizendo convincentemente que "vai mudar a vida dele". Não mudaram a minha vida, é certo, mas ainda ando à procura de uma música má deles.

Claro que arranjei o álbum de estreia, "Oh, Inverted World" (mais uma vez, títulos especiais como este são uma constante) e deliciei-me com as melodias pop que pareciam saídas de um ano qualquer na década de 60. Umas semanas depois, ouvi o terceiro álbum de originais, deste ano, "Wincing The Night Away" e não fiquei desiludido. A única maneira de ficar desiludido com os The Shins, acho eu, é se ouvirmos a sua música contrariados ou demasiado expectantes. Não é assim que eles funcionam. Maior parte das vezes, no princípio, tentamos entoar o ritmo de uma das canções e já o esquecemos cinco minutos depois de a ouvir. Portanto a pop que fazem não é daquelas facilmente descartáveis ou de ritmo fácil. Acho que quem definiu melhor a música deles foi quem disse "podíamos viver nestas canções". Diz tudo o que é preciso saber, acho eu.

Agora, comecei a ouvir o segundo álbum, "Chutes Too Narrow" e acho que é o melhor até agora. O primeiro tinha a paixão de um primeiro disco, mas faltava-lhe boa produção. O último economizou nos ritmos mais mexidos e é mais calmo. O "irmão do meio" tem as melhores características de ambos. E é de lá que sai este vídeo, realizado por um tal Adam Bizanski, que fez e animou tudo à mão. O outro é o primeiro single do novo álbum, e também merece uma espreitadela. Espero que gostem.

The Shins - Pink Bullets


The Shins - Phantom Limb

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Possivelmente o maior post que este blog já viu

Tenho saudades de escrever. No meu outro blog, agora abandonado às moscas, postei alguns escritos meus, na maior parte pedaços de uma história que andava a boiar na minha cabeça. E ainda anda, mas agora tem companhia. Por falta de tempo e paciência (duas coisas que não abundam quando se trata da minha pessoa) nunca mais lá fui.

Depois, comecei este novo blog, com um intuito que já nem sei qual era ou se tinha um para começar. Fui postando escassas notícias de música, falei sobre filmes que vi recentemente ou outros que esperava que saíssem para os ver, música que gosto de ouvir, vídeos que gosto de mostrar aos outros. Espalhei veneno sobre artistas que, para falar a verdade, pouco me ralo sobre o que fazem ou como o fazem. Enchi posts com nomes de bandas estranhos e pouco mais...

Então, apeteceu-me escrever novamente. Sou sincero, gosto de imaginar histórias, gosto de criar personagens, dar-lhes traços meus, inventar outros traços (alguns que eu gostaria de ter, por exemplo), criar-lhes amigos, familiares, conhecidos, inimigos, etc. Gosto de imaginar o enredo, descobrir uma ligação entre dois eventos que não tinha reparado antes, engendrar os acontecimentos, lançar-lhes algum significado, às vezes entretenho-me tanto a ver a história nascer como se a estivesse a ver na televisão ou a lê-la num livro. Tenho saudades de ver as coisas baterem certo e surgir um momento genial na trama. Que emoção que isso me dá! Sinto as personagens como conhecidos meus, como amigos. Cada um deles tem uma parte de mim dentro, isso faz deles alguém familiar. Pode-se dizer que estas pessoas são os meus amigos imaginários, na medida que escolho acreditar que podem mesmo existir. Posso conversar com eles. Conheço-os, mas não totalmente, apesar de os ter escrito. Sei tanto deles como saberia de um amigo. Há sempre algo que fica escondido, uma parte oculta. Pode parecer parvoíce, mas há alturas em que só sei realmente o que eles vão fazer quando o escrevo. Tenho de ler o que acabei de escrever para compreender o que acabou de acontecer. É incrível!


not my drawing, btw. se calhar devia já avisar-vos, que se virem uma imagem aqui, o mais provável é ter vindo de uma quick search no Google. x)




Nos últimos dias, tenho andado com outra história na cabeça (isto não quer dizer que não volte ao que escrevi antes, nunca me esqueço de uma personagem). Gostava de a pôr em movimento, de lhe dar um pouco de vida, e ao mundo em que a coloquei. Hoje, por exemplo, comecei a escrever. Ao fim de alguns parágrafos, deitei tudo fora. Estava absolutamente horrível. A sério, era aborrecido, mal escrito, pedante e demasiado óbvio. Eu tenho o hábito de nunca estar totalmente satisfeito com o que escrevo, salvo raras excepções, mas aquilo era mesmo mau! Vão por mim.

Não vou desistir, claro. Mas tenho de tentar uma abordagem diferente. O importante, acho eu, é divertir-me enquanto estou a escrever. Também importante, mas a um grau ligeiramente abaixo, é outras pessoas terem tanto prazer a ler, como eu tive a escrever. É o segundo passo. Sim, porque também me agrada imenso quando outras pessoas compreendem as minhas personagens. É como darem um prémio a um filho que nós já sabíamos cá dentro que tinha essa capacidade. É orgulho, é orgulho...

Bem, não vos quero maçar mais com isto. Só escrevi mesmo porque senti uma pontinha de depressão quando o começo da história não resultou e precisava de escrever alguma coisa para descarregar em alguém. E como isto é um blog, e o MEU blog, achei que podia torná-lo um bocadinho menos hipócrita. Quer dizer, se não vou escrever coisas destas aqui, onde é que as irei escrever? No fotolog? Nos nicks do Messenger? Não me parece. Esses espaços são para frases roubadas a outros autores (estou a falar no meu caso, é óbvio que já li excelentes devaneios nos flogs e sim, mesmo nos nicks do messenger). Se escrever alguma coisa de jeito, é aqui que vai ser publicada.

Outra coisa, começo a achar a rubrica das más reviews um bocadinho idiota. E mesmo a dos nomes das bandas, mas essa vou deixar até ao fim. As reviews têm piada (eu acho, como já disse aqui), mas não numa base semanal, senão é como uma piada que foi contada muitas vezes. Além disso, é incrivelmente hipócrita rebaixar artistas quando há pessoas que gostam deles e ouvem a sua música. Quem sou eu para dizer que esta banda é boa e esta outra é má? Não sou um crítico de música e mesmo que o fosse, não tinha esse direito. Por isso, vou acabar com essa secção.

E vou deixar de fingir que percebo de arte e falar como se isto fosse uma revista cultural. Isto, claramente, não é uma revista cultural! Isto é um blog chamado Detroit. Se gosto de algo e quero mostrá-lo, mostro-o. Mas não me vou pôr a falar de coisas sobre as quais só sei uma pequena porção. Não sou um comentador especializado, nem sou um jornalista.




Acho que é só isto. Obrigado por lerem. E pela paciência. ^^

Evil Critic - Nickelback

Se, por acaso, de 2001 até agora, ligaram uma rádio generalista, então é incrivelmente provável que já tenham ouvido os Nickelback.

Se a ligaram duas vezes, então é igualmente provável que tenham ouvido a mesma canção. Acho que a política é só passar um single deles durante todo um ano e depois mudar. Claro que vocês os conhecem, tiveram uma estreia "bombástica" com Silver Side Up, o terceiro álbum de originais e na altura ninguém se calava. Na televisão (se são fãs de programas cómicos como o Top +), na Rádio Comercial, Best Rock, etc, etc. Foram um fenómeno, é certo. Admito, tenho esse álbum, e durante algum tempo, andei viciado naquela música, "How You Remind Me", mas felizmente melhorei.

O que há para dizer sobre estes rapazes? São rock comercial. Nada de errado com isso, se por acaso fosse assim que se classificassem. (Para falar a verdade, percebo porque é que nenhuma banda gosta de ser catalogada assim. Parece mal) De qualquer modo, os seus 15 minutos de fama parecem durar há muito (talvez demasiado) tempo. Vê-se que querem manter-se à tona da água, porque todos os álbuns que lançam parecem o mesmo disco. E talvez tenham razão. Talvez os Nickelback sejam daquelas coisas inevitáveis na vida, como a morte ou filas de espera. Deixo-vos com as hostilidades.

Reviews a All The Right Reasons (2005)

"Ohh, so THIS is that annoying shit I'm always hearing on the radio. I wish radio stations could tell what songs people were listening to when they changed channels to listen to actual music... I'm sure once radio stations realized that it was Nickelback, hopefully their god-awful, pansy-rock, ripoff, over-produced, and downright annoying music, will end"

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"Cliched, commercial rock music. They set out to be grunge, but they miss what grunge was about; fucking the mainstream. The songs all sound the same and these guys have less talent than three oysters and a tuba."

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"One of the most annoying, shitty bands I've ever heard. I just wish I could reach through my TV screen/radio and plant my foot in their faces."

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" At least there's Arcade Fire to make up for this Canadian pile of modern MOR horseshit."

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"This album was about as enjoyable as having a rectal examination, Chads singing was the equivalent to a rectal examination, the guitar riffs and drum beats sounded like a guy having a rectal examination"

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"Someone please destroy mainstream radio. I truly feel sorry for anyone who enjoys this and I hope they have a friend with better tastes in music. If you listen to nickelback, i assume you have already given up on all of the great bands out there. Good music doesn't just fall out of the sky into your lap, you have to go looking for it."


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"To Dawn W who said: "The best rock I've heard in over 20 years", I must ask: what in the hell was stuck in your ears for the past 20 years? This is a horrible CD from a soulless pop band. Don't buy. Don't listen. Just walk away."

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" Utter crap. It almost seems like they're trying to be irritating."

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"My pick for the biggest embarrasment to our generation. I dont want to take credit for these dumbasses, this is the worst music I have ever heard out of grown men."


E o personal favourite da semana, porque o sarcasmo é uma arma poderosa. Quem escreveu isto, tinha o nome de utilizador "I want my NICKELBACK!"

"
The singer, I think his name is Dwight Nickleback, has the SWEETEST Hair! Anyone who can make a career out of writing the same song over and over again is burdened with the stench of genius! Mr. Nicleback, thank you for making the "middle of the road" safe again!"



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

My Band's Name Is... - Letter G -


Queres formar uma banda. Primeiro, aprendes a tocar um instrumento. Guitarra, bateria, etc. Depois, precisas de recrutar outras pessoas (de preferência que não toquem o mesmo que tu). Convém ensaiar, porque a perfeição não surge logo ao princípio. Ao fim de uns meses, já estão em sintonia e produzem um som impecável. Está na hora de começar a escolher músicas. Começam por tocar covers de antigos artistas. Mais umas semanas e tocam tão bem como os originais. É então altura de mostrarem o que valem ao vivo. Fazem um acordo com um bar, restaurante, discoteca, etc. Chega finalmente a grande noite. As pessoas enchem o espaço, os instrumentos são afinados, sobes ao microfone e apresentas a banda.

"Hello! We are..."

Oh-oh. Na pressa, esqueceram-se de escolher um nome para a vossa banda. Calma, calma. Nada de preocupações. Diz o que te vier à cabeça. Diz quaisquer palavras que tenham o mínimo a ver com o que vocês representam. Diz qualquer coisa. Mas, por amor de Deus, não digas...

Gag Factor
GangGreen
Gangrene
Gangway Fathead
Gaye Bikers on Acid
Gee That's A Large Beetle I Wonder If It's Poisonous
Geisha Balls
Genitorturers
The Glands of External Secretion
Global Disrobal
Glory Hole
God's Girlfriend
Goldfish Don't Bounce
The Go Kill Yourselves
Go Nad Go
Gonoreagan
Granny's Hole
Grim Skunk
Grand Mother Fucker
Gregg Turner and the Blood Drained Cows
Guess My Perversion [Gissa min perversion]
Guitarantula

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Cameo: Air - Don't Be Light


Esta semana, saltamos novamente de álbum e chegamos a 10,000 Hz Legend, o terceiro registo de originais dos franceses Air. Depois do sucesso que alcançaram mundialmente com Moon Safari e as participações em projectos da Sofia Coppola, este novo álbum deixou um sabor amargo nas bocas dos críticos, que esperavam uma nova obra-prima pop, seguindo as pisadas do seu álbum de estreia.

Mas 10,000 Hz Legend seguiu noutra direcção. Entregou-se mais ás orientações electrónicas, com faixas mais longas que o habitual e permitiu colaborações com outros artistas conceituados, como Beck e Buffalo Daughter. Apesar da ligeira desilusão, os Air continuaram a mostrar a sua perícia como produtores musicais de alto calibre e talentosos criadores de melodias. Legend tem um pouco de tudo para os ouvintes de gostos diferentes.

Don't Be Light foi o último single lançado deste álbum, depois de How Does It Make You Feel e Radio#4 (ambas grandes canções). Foi realizado por Jean-François Moriceau e Petra Mryzk e baseia-se em animações (sempre retro), plantas carnívoras e... Pong. E há que adorar aquela ária, antes de ser enterrada em batidas electrónicas e sons de guitarra arranhados. Desfrutem.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Evil Critic - Kevin Federline


Kevin Federline. K-Fed. Daddy. Fed-Ex.

O rapaz cujo nome passámos a conhecer quando se casou com a (ex) mega estrela da pop, Britney Spears. Ao contrário do outro coitado com quem ela se casou em Las Vegas e se divorciou no dia seguinte, o nosso amigo K-Fed (desculpem, mas adoro o nickname... mais pela originalidade...) durou mais alguns dias, os suficientes para lançar um álbum em nome próprio, intitulado Playing With Fire.

Desde então, como é natural, tornou-se no maior alvo de gozo e chacota a seguir ao Tom Cruise. Seja por se aproveitar do sucesso da mulher para fazer carreira, seja por ganhar a vida como dançarino profissional e perder um concurso de dança para um Dj da rádio de Dallas (ver aqui) no jogo Dance Dance Revolution. O homem que recebeu uma mensagem de texto no telemóvel avisando-o do divórcio, e que luta lado a lado com personagens como John Cena e King Booker nos ringues da WWE. Há muito por onde pegar, se queremos fazer troça de Federline, lá isso é verdade. Mas concentremo-nos na música apenas. Vejamos as críticas ao seu álbum de estreia, que junta num só disco singles como Lose Control e Popozão...


Reviews a PLaying With Fire



"
The Virdict: American Culture Had tanked for about 15 years now. And yes, I am American. This isn't even funny. We're gonna be the laughing stock of the world when we're not the superpower."


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"ewwww"


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"1/2. One of the worst releases this year. One question Britney: Who the FUCK did you marry?"

___//___

"Yesterday I was wearing a striped polo shirt and someone said I looked like K-Fed. I may attempt to look like him but I will never create such a masterpiece of musical masculinity as shown on Playing with Fire."

___//___

" He should stick to what he does best..... ooops this is what he does best."

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" you mean i can't give a score below zero??"

___//___

"
This is by far the worst thing I've experienced in my life. To call this music is a crime against the universe. This is an abomination to the ears and torture to the soul. Give me fingers on a chalk board, Armageddon, Vanilla Ice, anything but this affront to the senses. I've never wanted to go deaf before hearing this, now I wish I had been born that way."

___//___


" It sucks!!! Pure garbage! Sounds like a baby being hit with a cat!!!"

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"WHAT A BUM. This record isn't just the worst record of all time, it's made by the worst singer and rapper of all time. Don't get me wrong, I already think rap is the dumbest style of music, it's just that Federline makes it so much worse. He should do a reverse-Jackson and dye himself black because he ain't going nowhere white. The ABSOLUTE WORST cd ever put"

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""Playing With Fire" is truly horrible. However, it's name is not truly apt. Fire implies creation, creation implies intelligence, and K Fed, the man who signed a pre-nuptial agreement, is obviously not intelligent. Fire also implies impact. If you took the combined IQ of everyone who liked this album and thought "DAMN! This guy has fly-ass beats!," you would not have the intelligence to light a match (let alone play with it). In fact, they should be rewarded for the mere fact that they were capable of pushing the "play" button. No, nevermind. They should be charged with noise pollution, distubing the peace, terrorism, truency, jaywalking, and whatever else we can charge them with to lock them up for good. I give it 0 out of 10. Deal with it."

___//___

" Notttttttttttt!"

___//___

" a disaster...music like this should be illegal"

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" Congratualtions Limp Bizkit you no longer have the worst album of this decade."


Bem, a julgar pela crítica acima, diria que atingimos um novo fundo no que toca a lixo musical. Contudo, a minha escolha da semana (foi difícil) é:


"When I was 14 my friends and I made a rap album in our basement using a casio keyboard and a $10 mic. We made up the lyrics as we went along. It was better than this."

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

My Band's Name Is... - Letter F -


Queres formar uma banda. Primeiro, aprendes a tocar um instrumento. Guitarra, bateria, etc. Depois, precisas de recrutar outras pessoas (de preferência que não toquem o mesmo que tu). Convém ensaiar, porque a perfeição não surge logo ao princípio. Ao fim de uns meses, já estão em sintonia e produzem um som impecável. Está na hora de começar a escolher músicas. Começam por tocar covers de antigos artistas. Mais umas semanas e tocam tão bem como os originais. É então altura de mostrarem o que valem ao vivo. Fazem um acordo com um bar, restaurante, discoteca, etc. Chega finalmente a grande noite. As pessoas enchem o espaço, os instrumentos são afinados, sobes ao microfone e apresentas a banda.

"Hello! We are..."

Oh-oh. Na pressa, esqueceram-se de escolher um nome para a vossa banda. Calma, calma. Nada de preocupações. Diz o que te vier à cabeça. Diz quaisquer palavras que tenham o mínimo a ver com o que vocês representam. Diz qualquer coisa. Mas, por amor de Deus, não digas...


Fabulous Pimps
Facial Defecation
Fag
Fag Bash
Fangboy and the Ghouls
Farrt
The Fartz
The Fat Chick from Wilson Phillips
Fat Luv
Fearless Iranians From Hell
The Fellatio Ratio
Fetus Fajitas
Fields of Shit
The Fierce Nipples
'57 Lesbian
Five Fat Guys Who Rock
Fix My Head
The Flaming Donuts of Jesus
Flaming Lips
Flamin' Schnanuses
Flatutory Rape
Flavor of Uranus
Flopping Bodybags
Flying Dustbunnies
Force Vomit
Foreskin 500
Four Honkies In a Big Black Car
The 4-Skins
Four Nurses of the Apocalypse
The Freaky Executives
The Fred Mertz Experience
Free Beer
Free Beer and Chicken
Free Range Chicken
The French are from Hell
Freud Chicken
Frogs Don't Cry
Fromage d'Amour
Fuck
Fuckemos
Fuckface
Fuckhead
Fucking Angels
The Fucking Cunts
Fuckin' Shit Biscuits
Fuckin' Son of a Bitch
Fuck Me, Suck Me, Call Me Helen
Fuckshitpiss
Fuck Your Stupid Civilization
Fuck You Yankee Bluejeans
Fudge Tunnel
Full Throttle Aristotle
Full Metal Chicken
Full Metal Faggot
The Funkin' Donuts
Funman and the Scumbags
Furious George

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Lady In The Water


Se tentarem explicar a história deste filme a alguém, vão corar e sentir-se ridículos. Não há volta a dar.

No entanto, pelo menos para mim, não é um filme horrível. Não como alguns críticos o expõe. Sim, porque mesmo depois de toda a controvérsia em que A Senhora da Água esteve envolvido; depois das rupturas entre o realizador e a Disney, por estes não quererem produzir o filme, ou do ressentimento de Shyamalan para com a indútria do cinema; depois do livro que escreveu e de ter sido acusado de um complexo de mártir por conseguir levar esta insensatez avante; o que conta realmente é o produto, o filme em si. E não acho que seja um mau filme.

Eu admito, sou fã dos filmes de Shyamalan contra todas as vozes. Vi o The Village com amigos que só pensavam em me esganar quando saímos da sala, por ter escolhido o filme. Eu gostei. Adorei o Signs, que foi dos poucos filmes a provocar-me aquele susto que se demora cá dentro, aquela sensação desconfortável do suspense que ele consegue imprimir aos seus filmes. Sou um ingénuo por twists finais, os quais se tornaram quase a sua imagem de marca, a sua assinatura. Daí que talvez a minha opinião seja suspeita. Mas eu acho sinceramente que o filme não é tão mau como o pintam, se o virmos com um espírito aberto. E nos deixarmos levar pelo ambiente. Se o tentarmos analisar, vemos todas as falhas no argumento, os diálogos que explicam o filme como se fôssemos crianças (esta comparação é importante) e percebemos porque é que acusam o realizador de egocentrismo. Normalmente este reserva-se um papel discreto, contribui para o fluir da história, mas não aparece muito. Aqui não. Encarna nada mais nada menos que um escritor cujo livro vai salvar o mundo. Hum? Calma. Há também a personagem do cínico crítico de cinema, que parece estar ali apenas para Shyamalan se poder vingar de todos os que censuraram o seu filme, atribuindo-lhe momentos de gozo ou tortura.

Mas agora voltando à explicação para crianças. Muitos criticaram isto, atribuindo-o a um péssimo guião, com uma linha narrativa que parece inventada pelos actores à medida que falam e, cito, "a subtileza de um martelo de pontas". Tudo isto é verdade. Mas vejamos. É descrito pelo próprio Shyamalan como uma "história de embalar filmada". As histórias de embalar têm de ser explicadas ás crianças, neste caso, nós, o público. Temos de regressar á infância para "apanhar" a intenção deste filme. Depois disso, desse salto de pensamento, podemos apreciá-lo. Sim, apreciá-lo, porque não há dúvidas que, como realizador, Shyamalan tem talento. As imagens são carregadas de beleza e um pseudo-surrealismo urbano de pôr um sorriso nos lábios.

Só para quem consegue ser criança outra vez.

Cameo: Air - Playground Love



Sem dúvida um dos mais amados e acarinhados temas dos Air. Já após a revelação que lhes trouxe Moon Safari, os Air juntaram-se a Sofia Coppola, para a primeira (e mais importante) de uma lista de colaborações que fomentou a amizade entre o grupo francês e a realizadora. Assim, o seu
álbum seguinte constituiu a banda sonora da primeira longa-metragem da filha de Francis Ford Coppola: As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides).

O filme recebeu boas críticas, assim como a música que o acompanha, o que sedimentou ainda mais a posição de sucesso do duo. Contudo, alguns fãs e críticos ficaram um pouco desiludidos, pois esperavam dos Air mais uma obra-prima da música pop e, nesta banda sonora, a única faixa vocal é a que coloca aqui hoje, Playground Love.

O vídeo é também realizado por Sofia Coppola, com imagens do próprio filme, acrescentando os pequenos detalhes que fazem toda a diferença (pastilhas falantes, por exemplo). Uma maneira de saldar a dívida. Como quase toda a videografia do duo, o vídeo que acompanha Playground Love, ainda mais nas mãos de uma realizadora promissora (como era o seu estatuto na altura), é de uma beleza poética.



Os Air também fizeram contribuições para outros filmes da jovem realizadora, em Lost In Translation e Marie Antoinette, onde chegam a aparecer como figurantes. Aliás, se prestarem atenção, pode ser que os vejam neste vídeo. Desfrutem.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Fleetwood Mac, antes e depois

No outro dia estava a ver televisão e, nesse grande canal que é o VH1, deparei-me com o vídeo Rihannon, um clássico dos Fleetwood Mac. Isso recordou-me do que é para mim um dos mistérios mais perturbadores de toda a história da música. Como é possível que os Fleetwood Mac se tenham tornado tão maus?! Não sabem do que estou a falar? Eu estou aqui para exemplificar.

Antes de mais, os Fleetwood Mac formaram-se em Londres, em meados de 1967, quando se via a explosão dos blues na indústria musical. O nome da banda surge dos fundadores Mick Fleetwood e John McVie. A voz feminina era Stevie Nicks, que se tornou bastante famosa por conta própria.
No início, eles eram blues rock muito bom, sabiam dar espectáculo e tinham realmente aquele espírito de rockeiros. Depois... Não sei... Mudaram completamente. Passaram a ser pop, e não da melhor. Tinham videoclips ridículos e demasiado kitsch...

Permitam-me ilustrar. Apresento-vos a grande performance de Rihannon, tal como a vi no VH1, durante a fase em que eu adoro a música deles:



Isto foi em 1976. Agora, apenas 11 anos depois, eis o resultado monstruoso:




Percebem agora? Não consigo ultrapassar isto. É bizarro. Não encontro explicação.

(Já agora, só um pequeno aparte. No segundo vídeo, a senhora não pára de andar às voltas com a saia. Se não repararam, vejam outra vez e digam lá se aquilo é normal)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Evil Critic - Limp Bizkit

Ena, ainda se lembram deles? Fred Durst e os seus boys ainda fizeram algum sucesso há uns tempos, quando o nu-metal era tão modinha como é agora o emo. Sinceramente, entre um e outro, não sei qual será pior, mas sim, admito, eu era jovem e ouvia isto. Sim. E tenho o Chocolate Starfish. Sim. Não me orgulho, mas pronto. Hakuna Matata. No fundo, todos nós temos um álbum humilhante em casa. Hum? Não é?

De qualquer modo, o álbum seguinte da banda, Results May Vary, não foi nem de perto nem de longe tão bem recebido, nem pelo público nem pela crítica. Muitos apontam isto à saída do guitarrista Wes Borland, que parece que ainda era o único com algum talento. Entrou Mike Smith e os resultados são estes. Uma cover dos The Who que foi considerada a pior cover de todos os tempos e um álbum tão mau que não chegava sequer a dividir opiniões. Ouch.


Reviews a Results May Vary


"If you actually like this album, or even anything by this band for that matter, you need to face up to the fact that you have terrible taste. It's that simple. You don't ever see fast food reviewed by food critics. It's because it sucks. I'm willing to wager that if you like this band, you also like to eat fast food. A lot. And the only thing you can come up with to say when confronted with your own bad taste is, "Limp Bizkit rulez!!!" That is not making a point. That is saying something with nothing to back it up, just like I can tell you that I can eat an apple and shit out a fruit salad. People, especially people with bad taste, like to say a lot of meaningless things. It does not make them right, nor does it mean we should take them seriously. People who actually know what they are talking about, you know, people with good taste, intelligent people, etc... they have all gotten together and guess what? We all agree that this music is one of the worst examples of the medium. Now get back to flipping burgers, you lame jocko retards."

___//___

" ha ha ha ah ah ha"

___//___

"I'm really not surprised that this is the all-time worst on this site. After all, it's like Limp Bizkit combines hip-hop and rock, then removes the hip-hop and removes the rock. Then what are you left with? Nothing."

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"So many things went wrong with this album. First and foremost: Fred Durst still can't write lyrics to save his life. He's 30-something years old and still writes with the mindset of a drunken frat boy. Secondly: The band's best musician, guitarist Wes Borland, is MIA on RESULTS MAY VARY. Mike Smith does an okay job replacing Borland, but it simply isn't the same. Third, like "Chocolate Starfish" before it, the album runs on too long (although not as long as "Chocolate Starfish," where seven tracks out of the eight in the album's second half exceeded five minutes in length). Third: The cover of "Behind Blue Eyes" is the best song on the album. This is a problem for two reasons: a) The instrumental from the original has been replaced by a dull, monotonous voice repeating "L-I-M-P...discover" over and over; and b) If a subpar cover of someone else's song is the best song on your band's album, then you're probably in big trouble because none of your own songs are standing out as much. The only thing that could have made this album any worse is if they stuck with their original idea for the album title and called this record -- I kid you not -- PANTY SNIFFER."

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" the cover of ''behing blue eyes'' is insulting to music. this whole album is insulting to mankind"

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" My ears my ears!!!!"

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"God how I wish I wasn't forced to listen to this album. But I was, and the story isn't worth telling, and I'll have to leave it in the past. Oh, and if you like this music there may be something very wrong with you. It's beyond a matter of taste. You just may not be human, that's all."

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"this album couldn't suck any more. there is no redeeming factor...i wouldn't even download it if someone paid me...might ruin my hard drive."

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"Their first three albums were garbage, and the fourth continues the tradition. You can tell that they've tried to get a little less cheesey and go back to more of a metal feel, but it doesn't help the fact that Fred Durst is possibly the worst vocalist/lyricist in the history of rock music. This is a must-have for 12-year old girls and high school football players, but anyone with any sense of style or intelligence will probably want to pass."

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" i'll never get over it."

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" Vomit in audio form"



Ok, esta última é das minhas favoritas pela sua simplicidade e eficácia. No entanto, tenho de dar o prémio a esta aqui:

"
Limp Bizkit rock? a 30+ yrs old man who can't play instrument, acts like he just got into puberty. and screams "fxck" so many times I wonder if Fred recorded this in prison washroom. man if you think that rock, get this album"

E, sinceramente, tive uma trabalheira a escolher algumas reviews de tantas tão más que encontrei. Parabéns Limp Bizkit.


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Scoop & I Heart Huckabees

Este fim-de-semana vi dois filmes, duas comédias, muito diferentes uma da outra. A primeira foi I Heart Huckabees, presente na minha lista de filmes a ver e que aluguei na sexta-feira. O segundo foi Scoop, o novo de Woody Allen, depois do fantástico Match Point, que fui ver ao cinema no sábado.

I Heart Huckabees é uma surpresa agradável como não tinha há muito tempo. Não me acontecia acabar de ver um filme e querer vê-lo novamente logo a seguir desde... talvez o Dr. Estranho-Amor, que comprei há uns meses. É a comédia mais refrescante que vi nos últimos anos. Toda a temática existencialista como desculpa para uma "investigação" filosófica por parte dos veteranos Dustin Hoffman e Lily Tomlin é simplesmente deliciosa. Aliás, não há uma única personagem que não seja, à falta de melhor termo, adorável. Desde o Jason Schwartzman em plena crise de nervos por ver toda a glória a favorecer o seu adversário Jude Law (já agora, este deve ter sido o único filme em que gostei de ver dois actores com que costumo embirrar, Jude e o Mark Wahlberg). Este, com o seu sorriso contagiante que também lhe serve de arma e escudo, pensa estar um passo à frente do resto do mundo por ser simpático para todos e por todos adorado. O bombeiro preocupado com a crise de petróleo que se recusa a andar no camião do quartel. (É apenas um dos momentos desarmantes do filme, quando menos se espera, não conseguimos evitar uma gargalhada) ou ainda a aluna desertora dos detectives existencialistas, a modelo que se preocupa por ser só uma cara bonita, a escolha é imensa. O diálogo é uma grande técnica do filme para conquistar, mesmo sendo tão acelerado e por vezes confuso, não conseguimos tirar um sorriso dos lábios. Não se pode pedir mais de uma comédia.



Quanto a Scoop, sou daqueles que está um pouco... desiludido, sim, mas de certa forma não esperava outra coisa, percebem? Cá no fundo, sabia que a personalidade do Woody Allen trabalha por desígnios que só ele conhece (talvez nem ele) e que Match Point foi tanto um golpe de génio como um resultado dos humores do Woody. Acredito que ele seja um grande cineasta, de certa forma, o Match Point serviu precisamente para não nos esquecermos disso, mas a questão é outra, o próprio Woody não parece interessado em fazer filmes geniais. Ele faz o que gosta, sempre fez, e o que ele quer fazer agora são estas comédias screwball, com o diálogo fulminante a que nos habituou. A única diferença é que agora, apesar das suas aparições, contrata "assistentes" para o interpretarem, sósias, quase. Antes foi Will Ferrel, Jason Biggs, agora é Scarlett Johansson, que carrega os seus tiques e manias de nova-iorquino nervoso. Há que respeitar o senhor Allen, que realmente está a fazer cinema porque gosta, não para nos agradar, e há uma certa coragem nisso. E mesmo os seus piores filmes, os menos inspirados, servem para nos fazer rir e ainda conseguem ser melhores que muitos outros. Não é um filme que muita gente se vá lembrar daqui a vinte anos, mas continua a ser uma boa comédia.

Quanto a nós, os fãs, só nos resta esperar que ele tenha outra manifestação de génio antes de nos deixar. Senão, teremos sempre os clássicos e aquele homenzinho nervoso no ecrã, a agitar as mãos e a balbuciar. É essa a imagem que guardei da minha infância de um dos meus cineastas favoritos.



My Band's Name Is... - Letter E -


Queres formar uma banda. Primeiro, aprendes a tocar um instrumento. Guitarra, bateria, etc. Depois, precisas de recrutar outras pessoas (de preferência que não toquem o mesmo que tu). Convém ensaiar, porque a perfeição não surge logo ao princípio. Ao fim de uns meses, já estão em sintonia e produzem um som impecável. Está na hora de começar a escolher músicas. Começam por tocar covers de antigos artistas. Mais umas semanas e tocam tão bem como os originais. É então altura de mostrarem o que valem ao vivo. Fazem um acordo com um bar, restaurante, discoteca, etc. Chega finalmente a grande noite. As pessoas enchem o espaço, os instrumentos são afinados, sobes ao microfone e apresentas a banda.

"Hello! We are..."

Oh-oh. Na pressa, esqueceram-se de escolher um nome para a vossa banda. Calma, calma. Nada de preocupações. Diz o que te vier à cabeça. Diz quaisquer palavras que tenham o mínimo a ver com o que vocês representam. Diz qualquer coisa. Mas, por amor de Deus, não digas...


Earthpig and Fire
Eat My Afterbirth
e. coli
Edith Head
Ed Gein's Car
Ed's Redeeming Qualities
Elastic Sausage
Electric Blue Peggy Sue and the Revolutionions from Mars
Electric Vomit
The Elvis Diet
Elvis and the Shitheads
Elvis Hitler
Emily's Sassy Lime
End of Orgy
Ethyl Meatplow
Ethyl Merman
Eve's Plumb
Evil Weiner
Experimental BBQ
Exploding Boy
Exploding Fuck Dolls
Exploding Head Trick
Exploding Tits
Exploding White Mice

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Cameo: Air - Kelly Watch The Stars


O ano é 1998. Um álbum chamado Moon Safari, de dois músicos franceses relativamente desconhecidos, atinge o número 5 nos tops do Reino Unido. Os jovens e não só dançam ao som de músicas como Sexy Boy. Torna-se imediatamente um clássico do género chill-out, mas também uma obra-prima da pop electrónica. Os Air são apresentados ao mundo.

O sucesso do álbum deve muito às imensas críticas favoráveis por parte de revistas e críticos de música reconhecidos. O álbum soa a fresco, mas contém incríveis influências do passado, como a electrónica minimalista de Jean-Michel Jarre, ou Vangelis. As melodias são hipnóticas e retro. Segundo o membro da banda, Nicolas Godin: "O que nós fazemos é transformar emoções em som. Uma vez que duas pessoas nunca têm exactamente os mesmos sentimentos, se formos bem sucedidos, as nossas canções devem ser únicas."

O vídeo de hoje é o segundo single retirado de Moon Safari, Kelly Watch The Stars. É um favorito de muitos fãs (eu incluído) tanto pela música como pelo vídeo. Está bem imaginado, e, como quase todos aqueles vídeos que gostamos de gostar, é bastante simples.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Cameo in Detroit (Fevereiro)


Ainda mal nos despedimos do duo sueco The Knife, e já outro dueto se instala. O mês de Fevereiro é dedicado aos franceses Air, pela excelente qualidade dos seus vídeos. Também é este ano lançado o novo álbum da banda, Pocket Symphony, que promete mais electrónica melódica para os fãs do género. A data de lançamento está agendada para 5 de Março.

O grupo, formado em 1995 por Nicolas Godin e Jean-Benoit Dunckel (um arquitecto e um matemático, respectivamente) saboreou um sucesso estrondoso com o seu álbum de estreia (e considerado ainda o seu melhor registo até à data) Moon Safari. Singles como Sexy Boy, Kelly Watch The Stars e All I Need conquistaram imediatamente o público e a crítica. Seguiu-se a colaboração com Sofia Coppola ao criarem a banda sonora do seu filme de estreia, The Virgin Suicides.

Ao vivo utilizam muitos dos instrumentos de estúdio, permitindo-lhes revelar o seu talento para a improvisação sobre os seus próprios temas, tocando versões alteradas ou ampliadas. Em estúdio trabalharam com artistas conceituados como Beth Hirsch e Beck.

Os quatro vídeos seleccionados pretendem uma vasta perspectiva da sua carreira, de modo que abrangem os álbuns Moon Safari, Virgin Suicides OST, 10,000 Hz Legend e Talkie Walkie. A ordem será a seguinte:

1ª semana: Kelly Watch The Stars
2ª semana: Playground Love
3ª semana: Don't Be Light
4ª semana: Surfin' On A Rocket

Os seus vídeos tentam passar frequentemente uma mensagem político-social e mostram também uma estranha obsessão com temas retro, com destaque para o vídeojogo Pong.