terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Oscars

Hoje foi o dia em que se conheceram finalmente as nomeações para os Óscares. O suposto "mais importante prémio cinematográfico" que no fundo é igual a todos os outros, mas com uma cerimónia maior. Pensei em falar sobre isso aqui hoje, mas depois espreitei o blog do Markl. Fico sempre um bocado desmotivado quando vou ao blog do Markl, porque depois nunca sei o que hei-de dizer para superar um gajo que faz uma média de 5 posts por dia.

Brincadeira. Não é, obviamente, uma competição. Mas espera só, Nuno Markl, espera só...

Bem, como eu ia dizendo, foi dia de nomeações e eu apanhei o anúncio a meio na BBC News ao início da tarde. Depois, vi o Mário Augusto a babar-se sobre o quanto tinha adorado o Babel, e que espera que ganhe os prémios todos, coisa que, muito provavelmente, vai acontecer. Não estou a mal-dizer o filme. Ainda não o vi, não me posso pronunciar, aliás, há muitos que não vi. Acontece-me sempre isto. Todos os anos vejo mais filmes, vou mais vezes ao cinema, para depois chegar aos Óscares e descobrir que os únicos que falhei são os nomeados! A Academia e eu não somos compatíveis, acho eu.

Bem, das grandes surpresas (porque do resto não vale a pena falar), uma delas é a presença do Borat (vão ao blog do Markl), nomeado para melhor argumento adaptado. DiCaprio está nomeado para melhor actor, mas não pelo filme que se esperaria, Blood Diamond. Para a mesma categoria também está nomeado o veterano Peter O'Toole, com 74 anos, que no seu filme interpreta um actor que se apaixona por uma adolescente.
Achava piada o Eddie Murphy ganhar melhor actor secundário, era capaz de tirar o sono a alguns produtores de Hollywood. O Clint Eastwood está nomeado para melhor realizador outra vez, mas não pelas Bandeiras dos Nossos Pais, mas pelo gémeo desse filme, Letters from Iwo Jima (retratam a mesma batalha, mas dos lados diferentes, o primeiro o americano, o último o japonês). Melhor documentário, é capaz de ir para o documentário ambientalista do Al Gore. Ainda não foi este ano que um filme português chegou às nomeações para melhor filme estrangeiro, mas também acho estranho não estar lá o Volver, do Almodóvar. Pronto, já o premiaram uma vez, mas o filme é bom. Nessa secção li maravilhas sobre o Pan's Labyrinth, uma espécie de Alice no País das Maravilhas para adultos.

Ainda no melhor filme, o outsider do ano é outro grande lapso meu (estive mesmo quase a ir vê-lo), Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos. E será desta que o Scorcese leva o melhor realizador?


























E parece que ainda acham que vale a pena nomear outros filmes, nos anos em que a Pixar faz uma longa-metragem de animação.

E ainda não me conformei com A Noiva Cadáver ter perdido no ano passado.

Ah, e eu sei que o Dreamgirls é um musical, mas daí a nomearem três canções para o Óscar...

Bolas, porque é que não é outra vez o Jon Stewart a apresentar?

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu devo ser o único a achar que o Babel não vai ganhar o Melhor Filme. Cheira-me a Letters from Iwo Jima, mas se fosse eu a escolher ia para o LMS. O Babel tem quatro histórias num filme mas a verdade é que apenas uma delas é verdadeiramente espectacular (a da japonesa), sendo as outras demasiado simples e previsíveis. Tem quatro línguas diferentes? Woah, Oscar please! Not.

Não sei é porque raio o Children of Men não está nomeado para nenhuma das categorias principais. Quer dizer, até sei: o filme só estreou nos States no início deste mês (apesar de ter saído na Europa em Outubro) *tear*

E façam favor de dar ao Scorsese a Melhor Realização.